Existem assuntos que são extremamente delicados e evitamos falar. O sofrimento de nossos filhos é um deles. O problema é que não falar sobre não faz com que o problema desapareça. Por isso, listamos nesse conteúdo o que os pais precisam saber sobre os transtornos alimentares.
De fato, esse não é um assunto fácil. Mas conversando sobre e ficando atento aos sinais e que podemos evitar grandes problemas.
Afinal, transtornos alimentares são doenças graves. Eles podem ser compostos por fatores biológicos, psicológicos e sociais. Em geral, os fatores sociais são os que mais temos o poder de manipular.
Ainda que você dê atenção a dieta de seu filho, se desde criança ele escuta frases negativas sobre seu corpo, é possível que ele desenvolva uma relação perturbada com a alimentação.
Transtornos alimentares são um assunto sério. Acompanhe esse texto até o final e descubra tudo o que você precisa saber sobre.
O que os pais precisam saber:
Conforme dados divulgados no jornal El País, 2% e 4% dos menores de 18 anos sofrem transtornos alimentares em países do primeiro mundo. Isso causa infelicidade, diminui a qualidade de vida e, em casos extremos, pode levar à morte.
Ainda nesse mesmo artigo, os médicos lembram que a anorexia nervosa não é algo que afeta apenas as mulheres ou meninas. Homens e rapazes também são afetados pela doença e podem sofrer muito com ela.
A ideia de que o corpo ideal é o corpo magro pode afetar profundamente quem está começando a entender o seu corpo. Alguns dos sinais mais evidentes de que alguém está sofrendo com anorexia nervosa ou bulimia nervosa é:
- Perda de peso abrupta;
- Evitar comer em público;
- Praticar esportes de forma compulsiva;
Falamos mais sobre isso no texto “5 sinais que alguém pode estar sofrendo de transtorno alimentar”, disponível aqui, no blog. O que mais os pais precisam saber sobre transtornos alimentares:
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Não busque por culpados:
Caso seu filho já tenha sido diagnosticado com algum transtorno alimentar, o que você deve fazer é servir de todo apoio possível. Não é hora de buscar por culpados. Nesse momento é necessário concentrar a sua energia em ajudar o seu filho.
O paciente não escolhe e nem decide ter um transtorno alimentar. Entenda isso como uma doença, que pode acometer qualquer pessoa. Busca por culpados agora só vai fazer com que você perca o foco do que realmente importa.
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Faça parte do tratamento:
Fazer parte do tratamento é especialmente importante se o seu filho ainda mora em sua casa. Assim, é possível que você perceba coisas que os transtornos alimentares impedem que seu filho perceba.
Nessas horas, é necessário expressar a sua opinião, ser franco, mas também cuidadoso. Isso porque um paciente com transtorno alimentar muitas vezes não percebe que está doente, tampouco as evoluções do seu quadro.
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Não desista do tratamento:
Assim como em qualquer outra doença, o tratamento de transtornos alimentares precisa ser levado a sério. Isso significa não desistir no meio do caminho, por mais difícil que seja. Resistir é absolutamente necessário.
Importante que os pais saiba disso pois muitas vezes os pacientes vão buscar em seus familiares ou amigos a força que quase não encontram mais em si.
Mas, afinal, como funciona o tratamento para um transtorno alimentar?
Pela complexidade do quadro, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, médico psiquiatra, psicólogo(a), fisioterapeuta e educador(a) físico.
A solução é fazer com que o cérebro entenda, por meio de fisioterapia especializada para distorção de imagem corporal, qual é o tamanho real do corpo.
Só assim haverá uma trégua com conflito com o tamanho do corpo e, consequentemente, o comportamento compensatório será cada vez menos necessário.
Esse é um assunto que pode ser estendido e abordado de diferentes maneiras. Um dos textos em meu blog fala sobre “O papel da percepção corporal no tratamento de distorção de imagem”.
Para conhecer mais do meu trabalho, me acompanhe no Instagram e fique por dentro de mais conteúdos importantes como esse.
Até a próxima,
Bianca Thurm.