Os transtornos alimentares são condições complexas e potencialmente devastadoras. Além disso, podem ter consequências graves para a saúde e também para a sociabilidade do portador.
Embora os transtornos alimentares possam afetar pessoas de qualquer gênero, em qualquer fase da vida, eles são mais comumente relatados em adolescentes e mulheres jovens. Na verdade, até 13% das mulheres jovens podem apresentar pelo menos um transtorno alimentar aos 20 anos de idade.
Marcado por problemas de saúde, estima-se que 4,7% da população brasileira sobra algum tipo de transtorno alimentar, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
E é sobre esse grave problema que abordo no artigo a seguir. Vamos lá?
O que são distúrbios alimentares?
Os transtornos alimentares são doenças mentais e físicas graves, mas tratáveis, que podem afetar pessoas de todos os gêneros, idades, raças, religiões, etnias, orientações sexuais, formas corporais e pesos.
Os transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento severo ou preocupação com o peso ou forma corporal.
Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada ou excessiva de alimentos, o que pode prejudicar o bem-estar de um indivíduo. As formas mais comuns de transtornos alimentares incluem Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno de Compulsão Alimentar e afetam mulheres e homens.
Embora ninguém saiba ao certo o que causa os transtornos alimentares, um consenso crescente sugere que se trata de uma série de fatores biológicos, psicológicos e socioculturais.
Os distúrbios alimentares podem se desenvolver durante qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Classificado como uma doença médica, o tratamento adequado pode ser altamente eficaz para muitos dos tipos específicos de transtornos alimentares.
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Quais os tipos mais comuns?
Os três tipos mais comuns de transtornos alimentares são os seguintes:
Anorexia Nervosa
O homem ou mulher que sofre de anorexia nervosa normalmente terá um medo obsessivo de ganhar peso, recusa em manter um peso corporal saudável e uma percepção irreal da imagem corporal.
Muitas pessoas com anorexia nervosa limitarão ferozmente a quantidade de alimentos que consomem e se consideram acima do peso, mesmo quando estão claramente abaixo do peso.
A anorexia pode ter efeitos prejudiciais à saúde, como danos cerebrais, falência de vários órgãos, perda óssea, problemas cardíacos e infertilidade. O risco de morte é maior em indivíduos com esta doença.
Bulimia Nervosa
Este transtorno alimentar é caracterizado por compulsão alimentar repetida seguida por comportamentos que compensam os excessos, como vômitos forçados, exercícios excessivos ou uso extremo de laxantes ou diuréticos.
As pessoas que sofrem de bulimia podem temer o ganho de peso e sentir-se profundamente infelizes com o tamanho e a forma de seu corpo. A compulsão alimentar e o ciclo de purgação costumam ser feitos em segredo, criando sentimentos de vergonha, culpa e falta de controle.
A bulimia pode ter efeitos prejudiciais, como problemas gastrointestinais, desidratação grave e problemas cardíacos resultantes de um desequilíbrio eletrolítico.
Transtorno da compulsão alimentar
Indivíduos que sofrem do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) frequentemente perdem o controle sobre sua alimentação. Diferente da bulimia nervosa, no entanto, os episódios de compulsão alimentar não são seguidos por comportamentos compensatórios, como jejum ou exercícios excessivos.
Por causa disso, muitas pessoas que sofrem de TCAP podem ser obesas e têm um risco aumentado de desenvolver outras doenças, como doenças cardiovasculares. Homens e mulheres que lutam contra esse transtorno também podem experimentar sentimentos intensos de culpa, angústia e vergonha relacionados à compulsão alimentar, o que pode influenciar a progressão do transtorno alimentar.
Sintomas e causas
Os sintomas variam, dependendo do tipo de transtorno alimentar e a causa exata é desconhecida. Tal como acontece com outras doenças mentais, pode haver muitas causas, tais como:
Genética e biologia
Certas pessoas podem ter genes que aumentam o risco de desenvolver transtornos alimentares. Fatores biológicos, como mudanças nas substâncias químicas do cérebro, podem desempenhar um papel nos transtornos alimentares.
Saúde psicológica e emocional
Pessoas com transtornos alimentares podem ter problemas psicológicos e emocionais que contribuem para o transtorno. Eles podem ter baixa auto-estima, perfeccionismo, comportamento impulsivo e relacionamentos conturbados.
Quando procurar ajuda
A recuperação de um transtorno alimentar não é fácil e exige coragem, mas é possível com o sistema de suporte adequado.
Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser prejudiciais e fatais se não forem tratados. Os transtornos alimentares geralmente coexistem com outras condições, como transtornos de ansiedade, abuso de substâncias ou depressão.
Uma vez que as pessoas com transtornos alimentares muitas vezes não acreditam que têm um problema, os membros da família e outras pessoas importantes desempenham um papel fundamental em conseguir ajuda.
Embora a recuperação possa ser desafiadora e, às vezes, longa, é definitivamente possível. Por isso, se você sofre de transtornos alimentares, ou tem algum parente ou amigo que sofra dessa doença, busque ajuda.
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