Imagine como seria se olhar no espelho e ver uma imagem terrível. Você acredita que aquele reflexo de um ser desprezível é, na verdade, o seu reflexo. Essa é a síndrome da feiura imaginária, a dismorfia corporal.
Parece algo de ficção ou de pesadelos, mas a verdade é que essa síndrome é mais normal do que se pode imaginar. Ela atinge atualmente cerca de 2% da população mundial. Só no Brasil, cerca de 4,1 milhões de pessoas sofrem com a dismorfia corporal.
Não é difícil imaginar que as redes sociais não ajudam nesse processo. A constante comparação de corpos é a pior situação para quem sofre com a baixa autoestima. Redes sociais são um terreno fertil para o desenvolvimento desse tipo de doença.
Aliás, é bom salientar que a dismorfia corporal é isso mesmo: uma doença. E ela pode acometer tanto homens quanto mulheres. Em geral, quem mais sofre com a síndrome são as pessoas mais jovens com idade entre 15 e 30 anos.
Esse é um assunto que pode ser debatido profundamente. Por isso, preparei esse texto. Assim você pode saber o que é a dismorfia corporal, quais seus sintomas e como tratá-los. Vamos ao conteúdo:
O que é dismorfia corporal?
Conforme reportagem na revista Veja Saúde, dismorfia corporal é uma condição que foi descrita pela primeira vez em 1886. Quem fez isso foi o psiquiatra italiano Enrico Morselli.
Quase cem anos depois, já na década de 1980, a Associação Americana de Psiquiatria reconheceu a condição e a incluiu na terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais, o DSM.
A dismorfia corporal é um transtorno psicológico que provoca uma preocupação excessiva com o corpo. Tem diferentes causas e afeta a vida do paciente em muitas camadas: no trabalho, com a família e com os amigos.
Essa preocupação com a aparência pode estar relacionada a algo muito pequeno. Em alguns casos, até mesmo com algo que não existe realmente, apenas na imaginação do paciente.
Quais são os sintomas da dismorfia corporal?
Em geral, os primeiros sinais não são percebidos por psicólogos ou psiquiatras. Isso acontece ainda antes do contato com esses profissionais. Ou seja, quem percebe os primeiros sinais primeiro são os amigos, familiares e pessoas mais próximas.
Mais quais sinais são esses? Perceba que não estamos falando de uma cisma qualquer com o corpo. O comportamento de quem sofre com dismorfia corporal é de obsessão e compulsividade.
Em alguns casos, é possível até mesmo que a pessoa desista de sair para algum lugar com medo de sua aparência. Isso acarreta em não ter uma vida social ativa. Outros sintomas são:
- Dificuldade de concentração em outra coisa que não seja o corpo;
- Estar sempre se olhando ou então evitar completamente o espelho;
- Pensamentos obsessivos;
Leia mais: O papel da percepção corporal no tratamento de distorção de imagem
Qual o tratamento da dismorfia corporal?
Esse é um tratamento que não é muito simples. Afinal, ele pode ter múltiplas causas: psicológico, hereditário e social, como bullying. Além do mais, uma das causas possíveis é a falta de serotonina.
Entretanto, um tratamento possível é um antidepressivo ou ansiolítico. As sessões de psicoterapia, com psicólogo ou psiquiatra, são parte importante do processo.
O método que utilizo para tratamento desse tipo de transtornos é uma abordagem fisioterapêutica que avalia e trata a distorção da imagem corporal. É um processo em que se desprograma a imagem distorcida do corpo e reprograma a referência real sobre o tamanho, limite e a forma do corpo.
Para saber mais sobre esse assunto e continuar recebendo conteúdo sobre, me acompanhe nas redes sociais. O meu objetivo é sempre ajudar quem está enfrentando esses problemas.
Até mais!
