Emagrecer sem passar fome: como mudar a mentalidade da dieta

O conceito de dieta é algo que nos acompanha há muito tempo. Não seria exagero dizer que elas fazem parte da nossa cultura.

O conceito de dieta é algo que nos acompanha há muito tempo. Não seria exagero dizer que elas fazem parte da nossa cultura. Estão nas revistas, nos comerciais, nas redes sociais, nos palpites que ouvimos sobre os corpos alheios. É muito fácil encontrar dietas milagrosas por aí!

Tanto é, que existe algo que chamamos de “mentalidade da dieta”. Esse é um assunto tão importante que eu conversei com a nutricionista e especialista em transtornos alimentares,  Alessandra Fabbri, para tratar do assunto. 

Você pode conferir a live completa aqui. Neste texto vou falar sobre alguns pontos que tratamos em nossa conversa. Confira 

 

O que é a mentalidade da dieta?

Esse é um termo utilizado para tratar sobre diferentes ideias que têm um mesmo objetivo principal: a alimentação como controle do corpo. 

O tema é importante de ser tratado porque essa mentalidade pode mudar o comportamento alimentar das pessoas e aproximá-las de transtornos alimentares. 

O objetivo final da mentalidade da dieta, é, de fato, o controle do peso. Seja para emagrecer ou controlar o peso baixo de alguma forma.

 

Pensamentos que envolvem controlar o corpo: quais são esses? 

Existem alguns pensamentos que funcionam como gatilho para a mentalidade da dieta. É como se esses pensamentos fossem construindo a cultura da dieta em nossa subjetividade. 

 

Alguns deles são:

 

  • Dicotomia alimentar:

Quem pensa que um alimento sozinho pode engordar ou emagrecer, ele é saudável ou não saudável, está tendo uma mentalidade da dieta. 

A verdade é que nenhum alimento sozinho tem todo esse poder. Devemos estar atentos a nossa saúde e a nossa nutrição. 

 

  • Alimentação de valor pessoal: 

Esse é um pensamento muito comum. Achar que uma pessoa é melhor porque come determinado alimento faz parte do que chamamos aqui de “alimentação de valor pessoal”. 

É um julgamento de valor relacionado à pessoa. Um exemplo é acreditar que quem é magro tem uma alimentação mais saudável. Como sabemos, isso não é necessariamente verdade, pois muitos fatores podem influenciar o peso de alguém, além da alimentação. 

O fato é que todos os pensamentos tem como objetivo final o peso. A intenção em comer melhor não é ser uma pessoa mais saudável, mas ter um corpo mais próximo do que se acredita ser o ideal.

 

Restrições alimentares são fruto da mentalidade da dieta 

Um dos gatilhos mais comuns para esses pensamentos são as restrições alimentares e a insatisfação corporal.

É como se a única função da alimentação fosse tornar o seu corpo mais ou menos atraente. E isso não é verdade! 

É fácil citar um exemplo de como o misto de insatisfação corporal e restrição alimentar não funciona. Pense em quando alguém muda radicalmente a alimentação e continua se sentindo insatisfeita com o corpo. 

É comum que depois de um período de muita restrição – uma dieta muito rigorosa – a pessoa desista e passe a comer muito mais do que antes. 

Sem contar que quando essa restrição é feita por conta, ela pode agredir a saúde. Isso porque muitas vezes a necessidade do corpo é maior do que a restrição permite que ela coma. 

Mudar esse tipo de pensamento é a chave para emagrecer sem passar fome e de forma mais saudável. 

 

O ciclo da relação ruim com o corpo

Como falei, é comum que quando a pessoa chega em um limite da restrição alimentar, ela perca o controle e coma exageradamente. Assim, ela volta a se sentir mal com o corpo e entra em um ciclo muito danoso. 

Pensamentos como “o meu corpo está errado” passam a se tornar frequentes e isso causa uma relação conturbada com a alimentação. 

Além disso, falar o tempo todo sobre dieta e estar sempre buscando por uma dieta ideal aumenta o risco de desenvolver transtornos alimentares. 

 

Cada corpo é único

As redes sociais podem ser ótimas para muitas coisas, mas há algo que faz muito mal: a comparação de corpos. 

Não devemos comparar dois corpos da mesma forma que uma única dieta não vai ter o mesmo efeito para dois corpos diferentes. 

É preciso pensar na profissão, no gasto mental, o que faz de atividade física… Enfim, no indivíduo como um todo. Todas essas coisas impactam no corpo e na saúde de cada um. 

É errado pensar que pessoas com idades ou corpos parecidos possam reagir da mesma forma a diferentes estímulos. 

Existe sim uma recomendação geral em relação a alimentação, mas também existe uma especificidade que é fundamental. 

Todo guia alimentar tem uma flexibilidade, porque muita coisa pode variar de pessoa para pessoa. 

É preciso entender as necessidades de cada corpo e, claro, contar sempre com a ajuda de um profissional especializado no assunto para saber exatamente o que não pode faltar em sua alimentação. 

 

Se você gostou desse conteúdo e achou ele útil, não deixe de conferir o e-book que produzi recentemente. “O papel da Fisioterapia no Tratamento da Distorção de Imagem Corporal” certamente será uma leitura valiosa. 

 

Espero ter ajudado você!

 

Abraços, 

Bianca Thurm

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias e conteúdos

Receba Conteúdos e Estratégias

Preencha o formulário abaixo e receba o melhor conteúdo da área: