O suporte familiar é um dos pilares na recuperação de pacientes que sofrem com distorção de imagem corporal. Porém, para que a recuperação seja efetiva, esse acolhimento precisa ocorrer da forma correta.
Antes de mais nada, precisamos entender que existem noções diferentes de acolhimento. As quais são moldadas conforme as experiências de vida que cada um de nós tem. Por isso, é muito importante a família compreender que a noção de acolhimento que precisa seguir é aquela que não julga, não pune e nem restringe.
Com isso, quero dizer que o acolhimento para a recuperação de um paciente com distorção de imagem corporal inclui recaídas e momentos delicados. Dessa forma, é muito importante que a família entenda que acolher esta pessoa é também acolher suas dificuldades.
O que não te contam sobre como acolher um paciente com distorção de imagem
Na teoria, acolher significa criar um espaço seguro em que o indivíduo se sinta confortável e incentivado a seguir com o tratamento.
Porém, após anos trabalhando com esses pacientes, posso afirmar que acolher é muito mais do que isso.
Dessa forma, o acolhimento também é sobre entender que nenhuma recuperação ocorre de forma linear. Ou seja, dentro deste processo há momentos de recaídas, tensão, inclinação a desistir do tratamento e culpa.
Por isso, o acolhimento começa com a família entendendo que o tratamento é muito doloroso ao paciente e que momentos que podem ser compreendidos como “falhas”, são, na verdade, partes do processo normal de cura.
Como acolher da forma correta?
Eu sempre digo que acolher é, basicamente, demonstrar amor. E cada família tem sua forma de demonstrá-lo.
Mas para ajudar você neste momento, separei algumas diretrizes que podem ser muito úteis na hora de lidar com situações de crise.
- Ressignificar o horário das refeições: uma pessoa que sofre com distorção de imagem pode ver nas refeições momentos de desconforto. Primeiro por ter medo de que o alimento faça-a aumentar de tamanho. E segundo, porque pode sentir muita pressão da família para comer mais. Logo, apostar em uma refeição “segura”, ou seja, alimentos naturais e que não despertam tantos gatilhos, é uma boa opção. Além disso, busque criar um momento prazeroso à mesa, investindo em conversas leves e positivas, sem nunca comentar sobre quantidades ou colocar pressão sobre a pessoa.
- Entenda que recaídas podem ocorrer: eu sei que toda a família sofre ao ver um ente querido voltar aos hábitos destrutivos. Porém, o principal neste momento é se manter calmo e lembrar que esta pessoa está em tratamento e que este comportamento será abordado na próxima consulta. Ainda, é muito importante que a família evite repreender a pessoa ou tentar fazê-la se sentir culpada por estar “jogando o progresso no lixo”.
- Estimule a conversa sem aumentar a pressão sobre a pessoa em tratamento: é muito comum eu ver, principalmente mães, tentando sempre abrir uma conversa sobre o assunto com os filhos, porém, isso pode afastá-los. Isso acontece porque, em alguns casos, essa pessoa pode se sentir envergonhada ou simplesmente não se sentir pronta para conversar com alguém fora do consultório. E isso é totalmente normal! O melhor que podemos fazer é manter essa pessoa confortável e deixar claro que, caso ela deseje desabafar ou conversar, ela terá o suporte para isto.
Busque o tratamento adequado
O progresso do paciente sempre é o maior desejo da família, porém, para que isso ocorra de forma efetiva, o tratamento precisa ser multidisciplinar.
Isso favorece que a condição seja tratada em todas as esferas que atinge, ou seja psicológicas, nutricionais e de autoimagem.
E foi pensando nisso que eu desenvolvi o Método Bianca Thurm para tratamento de distorção de imagem corporal. Um tratamento multidisciplinar que prevê um tratamento completo para devolver a qualidade de vida para quem precisa. E se você busca esse tratamento, basta clicar no link abaixo!
