O objetivo em ter uma equipe multidisciplinar no tratamento de pacientes que sofrem com a distorção de imagem é conseguir abarcar todos os múltiplos aspectos que a condição causa. Dessa forma, conseguimos mudar a relação que o indivíduo tem com a comida, mostrar a ele sua verdadeira forma e tamanho, tratar os gatilhos mentais que podem desencadear crises e entender as raízes do problema.
A distorção de imagem corporal é uma condição multifatorial e que envolve o tratamento de diversos aspectos diferentes para que seja efetivo.
Como funciona o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar?
Eu costumo ouvir de muitos pacientes sobre o seu histórico de diversos atendimentos para tratar a distorção de imagem. E muitos deles relatam questões como a dificuldade em ter um diagnóstico assertivo e a falta de um amparo real à sua dor.
Essa queixa está diretamente relacionada à falta de um acompanhamento multidisciplinar, visto que, a distorção de imagem não afeta apenas um aspecto da vida desse paciente.
Para tratar um paciente com distorção de imagem precisamos entender o seu histórico de problemas com saúde mental, a forma como ele se relaciona com a comida e sua autoimagem, bem como a maneira que ele vê a comida.
Por isso precisamos de diversos profissionais que trabalham em cada uma dessas áreas.
Quais os profissionais que atuam em uma equipe multidisciplinar?
Ter uma equipe multidisciplinar no tratamento da distorção de imagem funciona para que cada caso tenha suas particularidades atendida. Nesse sentio, precisamos abordar os aspectos psicológicos, psicomotores e nutricionais.
Nesse sentido, em casos mais severos, é necessário um médico que possa avaliar a saúde física desse paciente. Isso porque é muito comum que eles estejam muito abaixo do peso e com diversas deficiências vitamínicas.
Porém, a maior parte desses pacientes oferecerá resistência quanto a implementar maiores quantidades de calorias e nutrientes na sua dieta. Logo, um profissional da nutrição que entenda como funciona o processo de reeducação alimentar para esse tipo de indivíduo é fundamental.
Nesse ponto, precisamos também que aconteça uma mudança na forma que o paciente vê a comida. É preciso entender quais são as raízes do seu medo de, por exemplo, engordar. E o profissional capaz de fazer esse trabalho é o psicólogo e/ou psiquiatra – no caso de pacientes que precisam de ajuda de medicamentos para seguir no tratamento.
Além disso, precisamos mostrar para esse paciente qual é o seu real tamanho e mudar a forma como ele percebe, sente e vê o próprio corpo. E para isso, é preciso abordar temas como o esquema corporal, autoimagem e comunicação entre corpo e mente. E esse é o papel da fisioterapia no tratamento de distorção de imagem corporal.
Quando é hora de buscar ajuda?
Vivemos tempos em que o padrão estético dita o que é certo e errado, o que é bom e o que é ruim. Por isso, muitas vezes os sinais da distorção de imagem corporal ficam camuflados sob uma ideia de “autocuidado”.
É muito importante entender os limites entre o que é o cuidado com o corpo e o que é patologia. E existem alguns sinais claros de que é hora de buscar uma atenção profissional:
- Medo profundo de ganhar peso
- Checagem corporal
- Isolamento social
- Evitar fotos, mesmo em grupo
- Preocupação excessiva com alguma parte do corpo
- Uso exclusivo de roupas largas
- Jejuar por longos períodos
- Pesagem frequente
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A distorção de imagem corporal é uma condição silenciosa, mas com um poder devastador na vida de milhares de pessoas pelo mundo. Por isso, ficar atento aos sinais, principalmente em jovens e adolescentes, é muito importante!
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Boa leitura!
